sábado, 29 de novembro de 2008

Ricardo Araújo Pereira e o IKEA

Os problemas dos clientes do IKEA começam no nome da loja. Diz-se «Iqueia» ou «I quê à»? E é «o» IKEA ou «a» IKEA»? São ambiguidades que me deixam indisposto. Não saber a pronúncia correcta do nome da loja em que me encontro inquieta-me. E desconhecer o género a que pertence gera em mim uma insegurança que me inferioriza perante os funcionários. Receio que eles percebam, pelo meu comportamento, que julgo estar no «I quê à», quando, para eles, é evidente que estou na «Iqueia».

As dificuldades, porém, não são apenas semânticas mas também conceptuais. Toda a gente está convencida de que o IKEA vende móveis baratos, o que não
é exactamente verdadeiro. O IKEA vende pilhas de tábuas e molhos de parafusos que, se tudo correr bem e Deus ajudar, depois de algum esforço hão-de transformar-se em móveis baratos. É uma espécie de Lego para adultos. Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros. Há dias, comprei no IKEA um móvel chamado Besta. Achei que combinava bem com a minha personalidade. Todo o material de que eu precisava e que tinha de levar até à caixa de pagamento pesava seiscentos quilos. Percebi melhor o nome do móvel. É preciso vir ao IKEA com uma besta de carga para carregar a tralha toda até à registadora. Este é um dos meus conselhos aos clientes do IKEA: não vá para lá sem duas ou três mulas. Eu alombei com a meia tonelada. O que poupei nos móveis, gastei no ortopedista. Neste momento, tenho doze estantes e três hérnias.

É claro que há aspectos positivos: as tábuas já vêm cortadas, o que é melhor do que nada. O IKEA não obriga os clientes a irem para a floresta cortar as árvores, embora por vezes se sinta que não faltará muito para que isso aconteça. Num futuro próximo, é possível que, ao comprar um móvel, o cliente receba um machado, um serrote e um mapa de determinado bosque na Suécia onde o IKEA tem dois ou três carvalhos debaixo de olho que considera terem potencial para se transformarem numa mesa-de-cabeceira engraçada.

Por outro lado, há problemas de solução difícil. Os móveis que comprei chegaram a casa em duas vezes. A equipa que trouxe a primeira parte já não estava lá para montar a segunda, e a equipa que trouxe a segunda recusou-se a mexer no trabalho que tinha sido iniciado pela primeira. Resultado: o cliente pagou dois transportes e duas montagens e ficou com um móvel incompleto. Se fosse um cliente qualquer, eu não me importaria. Mas como sou eu, aborrece--me um bocadinho. Numa loja que vende tudo às peças (que, por acaso, até encaixam bem umas nas outras) acaba por ser irónico que o serviço de transporte não encaixe bem no serviço de montagem. Idiossincrasias do comércio moderno.

Que fazer, então? Cada cliente terá o seu modo de reagir. O meu é este: para a próxima, pago com um cheque todo cortado aos bocadinhos e junto um rolo de fita gomada e um livro de instruções. Entrego metade dos confetti num dia e a outra metade no outro.
E os suecos que montem tudo, se quiserem receber.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pois é!!!
Voltei!!!!!

No outro dia pus-me a pensar e lembrei-me que tinha um blog! Fui até ao quarto de banho obrar (tava mesmo à rasquinha) e com o cheiro veio-me a inspiração para vir para aqui divagar sobre os mais variados assuntos!
No entanto, não existem muitos assuntos que, de facto, valha a pena eu perder tempo a escrever, sendo assim não vou falar de assunto nenhum! Vou divagar sobre coisas que me venham à cabeça, sem terem necessariamente que fazer sentido...
Neste momento a primeira coisa que me vem à cabeça são mamas! E quanto a isto meus amigos, vai aqui a minha palavra de apreço aos cirurgiões! Há pessoal a fazer milagres! Mulheres que dantes ninguém dava um tostão por elas, basta porem duas camadas de gelatina no peito e, qual gata borralheira, ficam super modelos!!!!
Por falar em gata borralheira, quem é que inventou a merda deste nome?? Que é que quer dizer borralheira??
Só vejo uma combinação: uma borra com uma alheira!
O que quer dizer que a gata era uma junção de merda com comida típica de Mirandela... Ou então o autor quis dizer que a alheira de Mirandela era uma merda! Ou talvez que a merda vem toda da alheira, ou que talvez a alheira seja feita de merda....
Mas seja como for, não vejo grande sentido em chamar a uma gata, gata borralheira....
Mas isto sou eu...
Outra coisa que me veio agora à cabeça é a crise económica mundial, mas achei que isso não tem interesse nenhum para eu vos estar a chatear com essa história. Por isso, acho muito mais produtivo falarmos de shoppings aos domingos!
No outro dia (domingo) fui ao Mar Shopping porque tinha de ir comprar uma mesa ao Ikea e um amigo meu tinha de ir comprar um telemóvel!
Qual é o meu espanto quando vejo que ás 19h de domingo o Shopping está a abarrotar de gente! Mas não é gente qualquer! São milhões de famílias inteirinhas que vêm dos arredores do Porto para irem VER o shopping! Sim, porque esta gente passa lá o dia inteiro e não leva nada para casa! Raras foram as pessoas que eu vi a sair de lá com um saquinho de compras.... É que nem uma merdisse duma velinha, NADA! Aquela gente passa o dia de um lado para o outro, com os filhos a correr por todo o lado, a sogra a parar de 10 em 10 metros cansada, a mulher a entrar nas lojas todas a tirar as roupas do sítio só para ver o que vai comprar nos saldos, a filha a experimentar os brincos todos nas lojas de bijuteira e o pai a galar as gajas que trabalham nessas lojas! Pode até parecer deprimente, mas vendo bem as coisas até é menino para dar um bom filme de comédia!
Com estes assuntos super importantes para a evolução da humanidade vos deixo...

Abraços